terça-feira, 30 de setembro de 2008

Vinho da Semana - Coyam 2004

** Coyam 2004 **
Produtor: Viñedos Emiliana (VOE)
Origem: Valle do Colchagua - Chile
Uvas: Merlot, Carmenère, Cabernet Sauvignon, Syrah e Mouvèdre
Safra 2004
Importadora no Brasil: Magna Import
Preço Aproximado: R$ 110,00


Conheci este vinho por indicação de um amigo meu, que voltou do Chile falando maravilhas dele. Ele é produzido pela tradicional vinícola Emiliana, que está com um projeto interessante, o VOE (Viñedos Organicos Emiliana) que produz vinhos orgânicos e biodinâmicos (Depois escreverei algo sobre este assunto, que anda bastante em evidência). O 2002, foi eleito o melhor do Chile durante o "1st Annual Wines of Chile Awards" realizado em dezembro de 2003.
Este 2004 já está muito bom, por mais que ainda possa envelhecer bem na garrafa. É um
corte de Merlot, Carmenère, Cabernet Sauvignon e Syrah com uma pitada de Mouvedre. Envelhece 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Ele é bem concentrado, complexo e podendo respirar um pouco antes de beber, melhor, pois ele abre bem os aromas e fica ainda melhor! Saúde!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A VACA NA CIDADE


Na época deste causo eu trabalhava na Lew, Lara e sentava em um mesão privilegiado. Sentavam, entre outros coitados que tinham que agüentar a bagunça: Marcio Oliveira, Vice Presidente de Atendimento e Operações da agência, o conhecido “Bochecha”. Um cara “chato” pra burro que quando estava inspirado, começava a fazer e cantar musiquinhas sem graça para as pessoas, mas seu alvo preferido sempre foi o Forli, um caipira de Presidente Prudente, que nunca deixou muito clara a sua preferência sexual. Nada contra, sem preconceitos, mas ele era meio esquisito mesmo. Mas um cara gente boa, amigo e acima de tudo, engraçado. Ao lado do Forli, o Kalef, Corinthiano roxo e com uma qualidade superlativa: Era tão bem humorado que seu apelido chegou a ser “ranzinza”. Dá pra imaginar? Depois vinha o minhoca. O minhoca, que foi registrado com o nome de Hamilton era um cara super discreto e que falava sempre muito baixo. Quase não dava para ouvir quando ele falava com as pessoas. Era muito tímido, coitado. E por fim, além da minha pessoa, tinha o Daniel Jotta. Bambi ou Balboa, como era conhecido, pois quase não distribuía porradas pela agência. Um italianinho super calmo que tinha um tênis Puma preto e branco envernizado, que ia sozinho da casa dele para a agência, de tanto que ele usava. Não vou falar deles todos neste causo, mas é importante já conhecê-los pois alguns deles farão parte de outros. Este especificamente terá a presença do Daniel, que foi comigo a uma degustação na Enoteca Fasano. Saímos da agência no meu carro, como sempre, lá pelas 19:30 e fomos até o local. Lá degustamos excelentes vinhos feitos da uva Malbec, que era o tema da degustação. A Malbec é uma uva francesa que encontrou favoráveis condições de crescimento na Argentina, pelo clima e pelo solo e não há duvidas de que a Malbec Argentina é umas das uvas mais interessantes e de maior sucesso no mundo e principalmente no Brasil, aonde seus vinhos ganharam bons espaços nas gôndolas de supermercados e importadoras. Sua coloração intensa, seus aromas criam vinhos de textura aveludada e agradável sabor. Quando estes vinhos são envelhecidos em barris de carvalho, eles ganham ainda mais complexidade e corpo e com isto, acabamos tendo vinhos bem interessantes, alguns deles brigando com grandes nomes do velho mundo em concursos espalhados pelo mundo.
Voltando ao cuaso...
O Daniel, apenas para explicar um pouco, nunca foi muito ligado ao vinho. Bebia quando tinha em algum evento, jantar, coisa e tal, mas nunca o teve como Hobby. Mas hoje posso dizer que ele está aprendendo a diferença entre um Brunello, um Barollo e um Sangue de Boi...
Já imaginava que iria dar boas risadas ao leva-lo lá, mas não imaginei que seria tanto. Enquanto todos os presentes faziam caras e bocas tentando descobrir os aromas, buquês e sabores de cada vinho, o Daniel ria, fazia também caras e bocas, porém, tirando barato da cara dos outros e no final, ao ser perguntado pelo Sommelier o que tinha achado, acabava repetindo o que a maioria tinha dito, para não ficar feio. Mas depois de falar, virava-se para mim e dizia: “Frutas pretas, couro velho, carvalho americano? Tá todo mundo louco! Tem gosto de vinho mesmo. Vinho é vinho e tem gosto de vinho!” E assim fomos até o final, rindo, bebendo e cada vez mais alcoolizados. Imaginem ainda que tinha uma mexicana que falava um português meio enrolado. Preciso falar que no final não entendíamos absolutamente nada do que ela falava?Ao sair de lá, a surpresa: Depois de dirigir alguns metros, na primeira esquina tinha uma vaca, daquelas que encheram a cidade na Cow Parade. Nós, completamente sem noção, abrimos a janela do carro e gritamos para os manobristas que estavam perto da vaca, com um tom meio amedrontador, como se algo realmente fosse acontecer a eles: “Ei amigo, cuidado que tem uma vaca correndo aí ao lado. Corram senão ela vai pegar vocês!” Não preciso dizer que mal conseguia guiar depois de tanto rir e que até deixar o Daniel na casa dele, gritamos e assustamos todos os coitados que andavam pelas ruas naquela hora. Não sabia que vinhos causavam alucinações...rsrs.

Mendoza - Mais que bons vinhos


Dizer que a vitivinicultura do novo mundo está caminhando a passos largos em termos de qualidade, é verdade. Dizer que os inúmeros produtores de países como Chile e Argentina, para ser mais próximo de nossa realidade, estão se superando e produzindo vinhos da mais alta qualidade, utilizando métodos modernos, de última geração, também é verdade. Até aí, nenhuma novidade para nós que gostamos muito de vinho e apreciamos esta “arte” de Bacco.
O que me impressionou nos 4 dias que estive em Mendoza no ano passado visitando vinícolas e conhecendo um pouco mais sobre esta linda região abençoada por Deus com lindas paisagens e um clima muito propício para o cultivo das uvas, foi a estrutura que eles têm montada para o enoturismo. As visitas foram todas muito profissionais e além de tudo, esclarecedoras. Os iniciantes e os que nunca ouviram falar sobre o processo de produção do vinho saem das vinícolas com muita informação sobre os processos, os vinhos, os terroirs e tudo que está em volta do vinho. Os que conhecem um pouco mais sobre este mundo, acabam aprendendo mais coisas. E principalmente que eles estão cada vez mais profissionais e procurando extrair de cada terroir, o seu melhor vinho.

Fui em 9 vinícolas, cada uma com uma característica. Pequena, média, grande, artesanal, mecanizada. Vi de tudo. E bebi de tudo. Desde visitas em grupo, como visitas privadas.

Basicamente, fomos a 2 regiões distintas: Maipú e Lujan de Cuyo. Ambas ficam há mais ou menos uns 30 minutos de carro do centro de Mendoza. A grande diferença entre elas: Lujan De Cuyo tem uma lindíssima vista para a Cordilheira do Andes, enquanto que Maipú não. Logo, não preciso nem falar qual é a mais bonita....!

Em Maipú fomos à grande e conhecida Família Zuccardi. Uma bodega moderna, que produz entre outros, ou famoso vinho Santa Julia. Mas os tops da vinícola, o Zuccardi “Z” e o “Q” são imperdíveis. Lá participamos de um curso básico de degustação, aonde tivemos a oportunidade de beber 5 diferentes vinhos, de diferentes linhas e conceitos. 1 branco e 4 tintos, sendo um de sobremesa. Bons vinhos, com estrutura e cada um com sua peculiaridade. O penúltimo, o “Q Tempranillo” é um vinho sensacional, com nariz e boca marcantes. Mas o que me chamou a atenção foi o de sobremesa, o MALAMADO. Seu nome é uma tradução do que ele é: significa “Malbec à maneira do Porto”. É um vinho de colheita tardia feito apenas com Malbec. 19,5° vol de álcool. Muito interessante, lembrando um Porto Ruby. Almoçamos muito bem no acolhedor restaurante da casa de hóspedes, aonde bebemos outros vinhos, todos eles agora da linha Santa Julia.
Depois de um ótimo almoço e bons vinhos, fomos conhecer a La Rural, bodega histórica e antiga da Família Rutini, um dos nomes mais conhecidos na Argentina. A visita é comum, em grupo e a degustação nada de especial. Mas o que vale a pena é conhecer o Museu do Vinho, que fica dentro da bodega, com inúmeros instrumentos antigos, alguns do século passado, usados na produção de vinho. Muito interessante!

Para completar o dia, seguindo a recomendação de nosso motorista, o simpático e prestativo Cláudio, fomos a uma vinícola muito pequena, artesanal, que usa tanques de cimento ao invés de aço inox, chamada Di Tomaso. Fomos recebidos pela esposa do senhor Di Tomaso, uma senhora simpática, que fala com muito paixão e orgulho sobre seus vinhos. Nenhum vinho especial, mas o interessante aqui fica por conta da diferença entre os conceitos de produção de vinho.

Dia seguinte, partimos para Lujan de Cuyo. Primeira parada: Catena Zapata. A visita em si, em grupo não tem nada de diferente das outras. A degustação, que passa por um Alamos Malbec, também não. Mas pode-se comprar outras degustações melhores. O show aqui fica por conta da arquitetura. Logo que se aponta na reta que leva à bodega, vês se um mar de videiras dos dois lados, a vinícola em frente e ao fundo a maravilhosa Cordilheira do Andes, altas e nevadas. Um visual incrível. A bodega em si é como uma pirâmide Maia. Linda! Dentro, é tudo muito funcional, moderno e de muito bom gosto. A sala “vip” de degustação é lá em baixo, dentro da sala de barricas que tem forma de “U”. Muito interessante.

Em seguida, almoço na Carlos Pulenta / Vistalba. A vinícola que produz os excelentes Vistalba Corte A, Vistalba Corte B e o bom Vistalba Corte C, tem um restaurante delicioso, o La Bourgogne. A visita em si foi muito rápida pois estávamos atrasados para irmos à última visita, mas o destaque aqui fica por conta da sala de degustação lá em baixo, que tem uma parede que é feito do próprio solo em que se encontra.

Para terminarmos o dia, fomos à Nieto Sentiner. Uma vinícola grande e conhecida, que produz vinhos de todas as faixas de preço e de gostos. Ao contrário das outras grandes que visitamos, eles não têm tanques de aço inox para fermentação e envelhecimento dos vinhos. São em tanques de cimento também, além das barricas de carvalho. Na degustação, o destaque para mim foi o Bonarda 2004, um vinho excelente e diferente. É uma uva que deu bem em solo argentino, mas que é muito usada para vinhos de corte. Foi o primeiro vinho varietal Bonarda que bebi. Vale a pena!

Nosso último dia de visitas nos reservava muitas boas surpresas! Começando com a bodega premiada, porém ainda pequena, Achaval Ferrer. Recebidos pela cordial e atenciosa Patrícia, conhecemos a bela vinícola, suas salas de fermentação e fizemos a degustação dentro da sala de barricas. Experimentamos 7 diferentes vinhos. Desde o mais básico Achaval Ferrer Malbec, até os seus Tops, os Fincas: Mirador, Altamira e Bella Vista. A diferença entre os 3 “Fincas” são as altitudes e as localizações de cada vinhedo, o que os torna muito diferentes um dos outros. Provamos diferentes safras, algumas diretamente das barricas, que ainda não estão prontos e nem foram ao mercado. Todos sensacionais. E para terminar, eu mesmo peguei uma pipeta e tirei de uma barrica, um experimento que eles estão fazendo atualmente com um vinho de sobremesa. Delicioso!!

Depois desta visita, que na nossa opinião foi a melhor de todas que fizemos, fomos almoçar na Ruca Malen. Uma vinícola média, de vinhos excelentes, principalmente os da linha “Kinien”. O visual do restaurante é incrível: Inteiro de vidro, sentamos numa mesa, aonde víamos o parreiral e ao fundo, novamente, os Andes nevados, com um céu azul límpido, sem nenhuma nuvem. Não dava pra saber o que era melhor: os vinhos, a comida ou a paisagem. O almoço tem 5 pratos. Casa etapa do almoço, um vinho diferente que combina com a comida em questão. Compatibilizações perfeitas que tornaram o almoço incrível. Depois, fizemos a visita à vinícola, também muito moderna e bonita.

Por último fomos à Viña Cobos, há alguns metros de onde estávamos. Não têm uma estrutura ainda para receber visitantes, pois acabaram de construir o local. Foi algo simples e rápido. De todas foi a única que não teria ido se soubesse como era. Mas fui atraído pelos ótimos vinhos que produzes, em especial o Cobos e a linha Bramare.

Ainda faltaram algumas ótimas vinícolas como Salentein, Ortega & Fournier, Carmelo Patti, Chandon, Terrazas e outras mais. Mas certamente se ficássemos mais tempo lá, não voltaríamos em boas condições alcoólicas ao Brasil.

É uma viagem aonde se come e é claro, se bebe muito bem. A terra do Malbec está definitivamente entre as mais bonitas e preparadas para o enoturismo.

Caso queiram contatos de pessoas nestas vinícolas, me falem!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

COMO TUDO COMEÇOU

Ao lado, um Porto Vintage 1976.

Nasci no dia 14 de Dezembro de 1976 em São Paulo, capital. Há 9 dias do Natal, como é todo ano, já é uma época de um clima diferente, de celebrações, de um espírito mais fraternal. Este dia foi, certamente, um dos dias de maior emoção para meu pai, José Pedro e para minha mãe, Regina. Pelo menos é isto que me falam. Alguns apressadinhos e outros um pouco mais loucos já devem estar se perguntando se naquele dia já bebi o meu primeiro gole de vinho. Não, ainda não, mas quem sabe já não estava com vontade? De qualquer forma, juro que não lembro...

Isto foi apenas para lhes apresentar a pessoa que começou a me mostrar o mundo do vinho, o meu pai. Não que minha mãe também não tenha me mostrado, mas é que meu pai realmente curte e entende sobre um bom vinho. Tá bom mãe...você também me ensinou (Se eu não falar dela, ela me mata!!!). Minha mãe, como é a maioria das mulheres, gosta de um vinho mais adocicado. E talvez, sem querer, ela tenha me ensinado a gostar de um dos grandes tipos de vinho que temos hoje. Um vinho nobre, elegante, cheio de história e com um processo de produção um pouco mais complexo que o vinho comum. Alguns já devem imaginar qual é, pois não está muito difícil.

O Vinho do Porto é realmente um vinho magnífico. Um ícone de Portugal, um ícone da Europa e um ícone do mundo! Entrando um pouquinho no aspecto mais técnico dele, ele é um vinho português, da cidade do Porto, que foi difundido no mundo através dos ingleses, no meio do século XVII. Ele é produzido na região do Alto do Douro (Norte de Portugal) e aí está um de seus grandes segredos: É uma área de produção única no mundo, que são aonde se localizam os terraços sobre o rio Douro. Este glorioso vinho é uma mistura das várias uvas produzidas naquela região. A principal diferença do Vinho do Porto em relação aos outros vinhos é no seu processo de fermentação, que é interrompido com a adição de uma aguardente de vinho, que acaba preservando o açúcar natural da uva. E esta adição é a responsável pelas 2 principais características deste vinho: O seu elevado grau de doçura e de álcool, em média entre 19% e 21%, enquanto os vinhos que costumamos beber regularmente variam de 11% a 15%, dependendo do vinho.

Pronto mãe! Viu só como você também é responsável por esta minha paixão pelo vinho? Aposto que nem sabia desta! Vou abrir um parênteses aqui para fazer o meu merchan e falar que amo muito esta baixinha e que devo muito da minha vida a ela! Mãe, te amo!

Depois deste momento “melado”, (Entendam o melado como quiserem, seja ele pelos elogios à minha mãe ou pelo melado do adocicado Vinho do Porto) volto a falar, superficialmente, pois vou aprofundar depois, da influência do meu pai nesta minha vivência no mundo do vinho.

Ele, italiano como o sobrenome ROSSI diz, sempre foi muito adepto ao vinho. Sempre teve um paladar muito apurado para comida e bebida. Sempre gostou, assim como minha mãe, de comer e beber bem. Não na quantidade, mas na qualidade. Soma-se a isto uma tendência familiar que também tenho, de ter um índice de colesterol um pouco acima da média. E o último fator para que ele pudesse desenvolver mais ainda este gosto pelo vinho é ter tido, graças a Deus e aos pais dele, uma vida com amplas possibilidades de conhecer outras culturas, outros países e outras pessoas que pudessem lhe ensinar muita coisa. Pronto, está na mesa uma combinação perfeita para se desenvolver o gosto pelo vinho, pela magia que é esta bebida que está diariamente na mesa de milhões de pessoas ao redor do mundo. E ela é tão mágica e maravilhosa que a religião católica a usa para representar o sangue de Jesus Cristo derramado em sua morte. Quer mais?

Então foi assim, crescendo vendo meu pai tomando vinho quase todos os dias e com muito gosto, que fui, inconscientemente aprendendo a admirar este ritual que é beber um vinho. Um ritual que vai desde a compra dele até a retirada do rótulo depois de consumido, para minha coleção. E é claro que depois tive também outras fontes de inspiração. Mas estas, eu vou contar ao longo dos diferentes causos que relatarei.

Vinho da Semana - Zuccardi Q Tempranillo 2004

** Zuccardi Q Tempranillo 2004 **
Produtor: Família Zuccardi
Origem: Mendoza - Argentina
Uvas: Tempranillo
Safra 2004
Importadora no Brasil: Expand
Preço Aproximado: R$ 95,00







Já havia tomado este vinho antes em algumas ocasiões, dentre elas na própria Família Zuccardi, em Mendoza, quando visitei em Junho de 2007. É um vinho feito com uma uva muito difundida na Espanha, a Tempranillo e que recebe um tratamento cuidadoso e especial, passando por 12 meses em barricas novas de carvalho americano e 12 meses em garrafa antes de sair para o mercado. O que isto quer dizer? Que ele é um vinho bem estruturado, com aromas e sabor bem marcantes, mas é muito fácil de beber. Fácil mesmo, principalmente se puder respirar uns 30 minutos antes de tomarem, pois ele vai abrir e se mostrar um vinho melhor! Saúde!

Porque Enodeco?



Eno
= Vinho.
Déco
= André
Enodeco
= Vinho + André + Sonoridade com Enoteca.
A minha idéia em fazer este blog surgiu para expor algumas idéias e opiniões sobre o vinho e o grande mundo que gira em torno dele. Simplesmente por eu ter esta paixão há alguns anos e ela aumentar a cada dia que passa. Então quero compartilhar com todos os momentos que vivi e vivo em companhia desta bebida mágica. E também tentar ajudar as pessoas com dicas de vinhos que gostei, importadoras e curiosidades que eu leia em revistas, sites, livros…
Mas como não sou e nem pretendo ser o dono da verdade sobre este assunto, que é vasto e muito amplo, peço que deixem suas opiniões, dicas e comentários. Assim também continuarei minha luta em não me tornar e não cultivar uma espécie que vem crescendo a cada dia, com a difusão da cultura do vinho em nosso país: Os Enochatos.

Enochatos são aquelas pessoas que acham que sabem mais que os outros e já beberam e viveram de tudo que é ligado ao vinho. E por isto acham que são superiores aos outros. Mas como o vinho não é uma ciência exata e o melhor vinho é aquele que vc gosta e não necessariamente aquele que recebeu 100 pontos do Robert Parker ou da Jancis Robinson, acho que estas pessoas precisam rever seus conceitos e saber que nem mesmo o melhor e mais experiente enólogo bebeu todos os vinhos do mundo, e nem conhece 100% da uvas que são usadas para fazer vinhos, pois a cada dia que passa, uma nova uva é testada, um novo vinho é feito e um novo país desponta como potencial produtor de vinhos de qualidade. Por isto, se em algum momento eu transparecer algo que passe a mínima impressão de ser um enochato, por favor me avisem...rsrsrs.

Nos artigos, causos e textos que devo postar, vou falar de várias pessoas. E quero que saibam que todas elas são ou foram muito importantes para que eu aprendesse cada vez mais sobre esta nobre bebida. A começar por quem me ensinou a gostar de vinhos e que há alguns bons anos toma sua taça diária de um tinto: Papai...

Boa leitura!! E é claro, TIM TIM !!